Perto de completar um mês de atraso, os pagamentos da Lei Paulo Gustavo em Maceió continuam a gerar suspeitas e reclamações entre os artistas locais. Além de estarem excluídos do milionário São João da capital, muitos artistas relatam estarem passando por dificuldades, especialmente mestres e premiados que aguardam receber valores considerados irrisórios.
Juliana, uma artista local, destaca que a Lei Paulo Gustavo, inicialmente destinada a ser uma medida emergencial, tem se arrastado há mais de um ano na Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa. Recentemente, os artistas se reuniram com o prefeito João Henrique Caldas, que prometeu resolver a situação.
“Mas foi só uma forma do prefeito dispersar o movimento. Prometeu mundos e fundos, encenou o gestor que não é e deve ter gargalhado depois que saímos daquela sala. Maceió não tem gestão cultural há quase quatro anos e deve continuar assim, esse prefeito odeia a cultura”, afirma Juliana.
Em protesto, artistas simularam o enterro da cultura em frente à prefeitura de Maceió. A indignação é grande, principalmente pela demora em resolver um problema que, segundo eles, poderia ser resolvido rapidamente com uma gestão eficiente.
“Agora é aguardar a boa vontade desses senhores, de pagar algo que deveria ser resolvido em minutos, se tivesse gestão. Nosso maior medo é que o dinheiro da LGP esteja sendo usado para bancar o São João do prefeito, o que não surpreenderia ninguém”, acrescenta Juliana.
A situação evidencia uma crise na gestão cultural de Maceió, afetando diretamente a vida dos artistas e a promoção da cultura local. A comunidade artística continua a lutar por seus direitos, esperando que suas vozes sejam ouvidas e que as promessas sejam cumpridas.